O impacto das áreas verdes na saúde tem ganhado cada vez mais destaque nas pesquisas científicas, especialmente no que se refere à saúde mental e ao bem-estar dos idosos. Estudos recentes sugerem que morar perto de parques, praças e espaços com vegetação densa pode ajudar a reduzir o declínio cognitivo na velhice, proporcionando um envelhecimento mais saudável.
É o que revela um estudo publicado em julho no periódico Environmental Health Perspectives. O resultado foi ainda mais expressivo em locais de baixo índice socioeconômico, reforçando a importância das áreas verdes como um fator ambiental capaz de ajudar a prevenir o declínio mental.
Além disso, a exposição à natureza ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade, condições que, quando crônicas, podem acelerar o declínio cognitivo. Ambientes naturais promovem a calma e o relaxamento, favorecendo a saúde emocional e, consequentemente, a proteção das funções mentais. Outro ponto importante é a melhora na qualidade do ar e a redução de poluição, o que contribui diretamente para uma maior oxigenação do cérebro e menor inflamação, fatores críticos para manter a cognição em bom estado ao longo dos anos.
Um estudo conduzido pela Universidade de Harvard, por exemplo, acompanhou idosos que residiam perto de áreas verdes e observou uma taxa de declínio cognitivo significativamente menor em comparação com aqueles que viviam em áreas urbanas densamente povoadas e com menos vegetação. O contato frequente com a natureza parece ter um papel protetor contra doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
Esses achados reforçam a importância de políticas públicas que promovam o aumento e a preservação de áreas verdes, principalmente em regiões urbanas.
Em suma, morar perto de áreas verdes pode ser uma das maneiras mais simples e eficazes de cuidar da mente e garantir uma velhice ativa e saudável. Inserir mais verde na vida urbana pode ser o caminho para retardar o declínio cognitivo e proporcionar um envelhecimento mais digno e pleno.